No programa desportivo da CMTV, José Calado analisou o lance da grande penalidade que deu a vitória ao Benfica no jogo com o Vizela ao cair do pano.
O comentador afeto aos encarnados surpreendeu e considera que não havia razão para a marcação da grande penalidade.
Para José Calado, o movimento do defesa do Vizela é natural, considerando que não havia forma de evitar que a bola lhe fosse à mã
“Neste tipo de lances, as leis do jogo dizem que deve ser marcado penalti mas eu, que sou ex-jogador de futebol e que estive lá dentro e que sei o que são movimentos naturais e não naturais, eu não marcaria penalti sinceramente. Mas isso é a minha opinião enquanto jogador. Porque aquilo que a FIFA e a UEFA fazem, acho que de alguma maneira estão a começar a desvirtuar o futebol. Não estamos a falar de remates à queima-roupa, é a dinâmica do jogo. Alguém quando remata tens a tentação de fazer assim [movimento para o jogador proteger recolhendo os braços ao peito] ou de te virares. A mim quando me falam de uma pessoa virar e que não é natural e que mete o braço, isso para mim não existe. Porque eu virei-me várias vezes e por vezes virava-me com os braços“, afirmou.
Calado usou da sua experiência de ex-jogador para explicar a utilidade dos braços para jogar futebol.
“Agora os centrais abordam os lances com os braços atrás das costas. Logo a partir daí já estão a perder o lance. Porque um jogador também se equilibra com os braços. E se tu tiveres os braços atrás das costas já estás em desvantagem em relação a quem vem com a bola controlada“, concluiu.