Noticia de última hora, Abel Xavier esteve na Luz e assistiu, com agrado, a mais uma excelente exibição do Benfica. Contra o Marítimo, goleada por 5-0 e mais uma exibição convincente de uma equipa que só sabe ganhar, esta temporada.
Naturalmente que contra o Marítimo, o jogo não poderia ser mais desnivelado, uma vez que se encontram em polos opostos. O que o Benfica tem de motivação por todas as vitórias, tem o Marítimo de contrário, com todas as derrotas que somou.
“Há aqui duas realidades completamente diferentes. O Benfica luta por objetivos que não têm nada que ver com os objetivos do Marítimo, com uma qualidade tremenda”, começou por justificar Abel Xavier. No entanto, o seu comentário não se refere somente a este jogo, mas a tudo o que a equipa tem vindo a fazer desde a chegada de Roger Schmidt, um percurso melhor do que os benfiquistas poderiam ambicionar.
“O Benfica consolidou um processo de crescimento que muita gente pôs em causa. A questão da equipa tipo, a gestão do esforço. A dinâmica vencedora minimiza esse impacto. Uma coisa é recuperar sobre derrotas outra coisa é recuperar sobre vitórias. Podemos estar aqui a lançar um contexto completamente diferente de análise, porque o Benfica está acima da média, está acima de tudo o que os livros de estudo apresentam. Pôs-se em causa se o Benfica teria o mesmo perfil na competição portuguesa e nas competições europeias. E, de facto, o Benfica tem o mesmo perfil”, elogiou o comentador, em declarações à CNN Portugal.
Muitos elogios, por isso, para o treinador alemão, que entrou de rompante no futebol português e está a fazer um trabalho exemplar. “Roger Schmidt não tinha o conhecimento da realidade do futebol português. E estudou o futebol português. Uma coisa é estudar o futebol português, outra coisa é estar dentro do futebol português”, disse o antigo futebolista.
Nota ainda para o papel do público, cada vez mais rendido a este novo Benfica, e que sabe o momento para entrar em jogo. “Quando a equipa está em lentidão de processos – o que aconteceu, no início do jogo com o Marítimo -, o próprio adepto aglutina, mobiliza e a equipa transforma-se completamente. Eu estive no estádio e vi que o 12.º jogador é muito importante para aquilo que está a acontecer no Benfica”, concluiu Abel Xavier, na CNN Portugal.
