Oficial: FC Porto com reforço de peso

Há um sonho de verão no Dragão: o regresso de Rúben Neves. Ainda que de uma geração anterior, a verdade é que o médio também pode ser apelidado de ouro da casa, uma vez que nasceu e cresceu para o futebol nos azuis e brancos e nunca conheceu outro clube em Portugal. Foi na Invicta que se fez homem, foi nos dragões que aprendeu tudo sobre o jogo e foi de azul e branco que demonstrou toda a sua classe até seguir para a Premier League.
Na época 2017/2018, o internacional português foi vendido ao Wolverhampton, transferência que deixou nos cofres da SAD portista uma verba a rondar os 16 milhões de euros, mas o bolo aumentaria seis anos depois, quando o internacional português saiu de terras de Sua Majestade e rumou ao Al Hilal. Nessa altura, o conjunto saudita depositou qualquer coisa como €55 M na conta do emblema inglês e… o FC Porto também lucrou.
Tudo porque, ao abrigo do mecanismo de solidariedade da FIFA, os dragões, enquanto entidade formadora do jogador, ainda receberam cerca de €2 M.
A cumprir a segunda temporada no Al Hilal, onde é titular indiscutível e um dos patrões do meio-campo da equipa de Jorge Jesus, Rúben Neves tem ainda mais um ano de contrato com a formação árabe, sendo este o principal obstáculo aos desejos da cúpula diretiva liderada por André Villas-Boas. Pese embora o trabalho que está a ser realizado pelos novos responsáveis portistas, a situação financeira da SAD continua a obrigar a uma gestão meticulosa de todos os dossiês, pelo que parece estar fora do alcance uma eventual contratação de Rúben Neves por valores que seriam, em princípio, proibitivos.
E é perante esta complexidade que, sabe A BOLA, podem abrir-se duas janelas de oportunidade: um empréstimo ou uma transferência livre. Expliquemos. Rúben Neves está vinculado ao Al Hilal até 2026, pelo que poderia ser estudada uma cedência. A hipótese parece, no entanto, muito remota – mesmo que o FC Porto pudesse suportar parte do ordenado do jogador -, uma vez que dificilmente os clubes emprestam ativos que entrem no derradeiro ano de contrato.
Mais real pode vir a ser, então, a segunda possibilidade, e que passaria por uma rescisão do médio com o emblema árabe. Aí, com o passe na mão, o internacional português – mesmo tendo de rever substancialmente as suas condições salariais – poderia responder afirmativamente ao chamamento do coração e regressar a casa. A uma casa que é sua, que conhece como poucos e na qual seria recebido de braços abertos por toda a nação azul e branca.
O processo afigura-se muito complicado, é inegável, mas o de Fábio Vieira, no início desta época, também era e o 10 voltou mesmo a cuspir fogo. Situações diferentes… o mesmo desejo.